ATA DA SEXAGÉSIMA SESSÃO SOLENE DA SEXTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA NONA LEGISLATURA, EM 20.10.1988.

 


Aos vinte dias do mês de outubro do ano de mil novecentos e oitenta e oito reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre em sua Sexagésima Sessão Solene da Sexta Sessão Legislativa da Nona Legislatura, destinada a homenagear o Poeta Riograndense pelo “Dia Nacional da Poesia”. Às dezessete horas e quarenta e cinco minutos, constatada existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e convidou os Líderes de Bancada a conduzirem ao Plenário as autoridades e personalidades presentes. Compuseram a Mesa: Ver. Artur Zanella, 1° Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, no exercício da Presidência neste ato; Sr. Rossyr Berny, representando, neste ato, as Entidades do Movimento Poético do Rio Grande do Sul; Sr. Nelson Fachinelli, Coordenador do Movimento Poético Nacional no Rio Grande do Sul; Sr.ª Lia Correa, representando, neste ato, a Academia Literária Feminina; Sr. Adão Lopes, representando, neste ato, o Grêmio Literário Castro Alves; Sr.ª Perpétua Flores, Presidente da Casa do Poeta Latino-Americano de Buenos Aires; Ver Ennio Terra, como Secretário “ad hoc”. A seguir, o Sr. Presidente concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Ver. Ennio Terra, na qualidade de proponente e, em nome da Casa, discorreu sobre a importância da poesia como expressão do viver e sentir humano, encontrando-se presente em toda a história da humanidade e sendo superior ao próprio tempo e espaço. Salientou o trabalho do poeta, como artífice da expressividade artística do homem. Após, o Sr. Presidente concedeu a palavra ao Sr. Rossyr Berny, que agradeceu a homenagem prestada pela Casa ao poeta Riograndense e denunciou que a Câmara Riograndense do Livro negou-se a publicar em seu Catálogo oficial as obras dos “autores independentes”. A seguir, o Sr. Presidente fez pronunciamento relativo a solenidade e, nada mais havendo a tratar, encerrou os trabalhos as dezoito horas e dezoito minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Ver. Artur Zanella e secretariados pelo Ver. Ennio Terra, como secretário “ad hoc”. Do que eu, Ennio Terra, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada será assinada pelos Senhores Presidente e 1ª Secretária.

 

 


O SR. PRESIDENTE: Declaro abertos os trabalhos da presente Sessão Solene para homenagear o poeta rio-grandense pelo “Dia Nacional da Poesia”.Com a Pa1avra, o Ver. Ennio Terra, que fala em nome da Casa.

 

O SR. ENNIO TERRA: Senhores e Senhoras. Feliz do povo que tem o privilégio de poder comemorar o “Dia Nacional da Poesia”.

Na poesia expressam-se todas as emoções da vida: a tristeza, a alegria, a beleza, a natureza e o amor, com aquela sensibilidade nata do poeta. Assim como o pintor precisa da tela para expressar sua arte, o poeta precisa de sua sensibilidade emotiva para expressar seu lirismo. Somos amantes da poesia, tratamos ela como a mulher amada, com carinho, ternura e amor; ela transporta-nos para o mundo dos sonhos, da fantasia, do realismo e do paradoxal. Sendo a mais bela expressão cultural de um povo, grandes mestres da poesia tornaram-se imortais, porque a poesia é eterna, ela atravessa o tempo e o espaço, as guerras e as crises, as tragédias e catástrofes; atravessa todos esses episódios incólume, porque fica gravada na mente do ser humano e no coração, e é passada de geração a geração, mesmo que se escrita for destruída, pois a poesia é indestrutível e superior ao tempo e espaço. Se existe a poesia é porque existe o seu autor: “o poeta”, esse artista genial, o boêmio, o romântico e até trágico, que deve ser analisado como verdadeiro artista sensitivo que busca suas obras lá no fundo do coração e do âmago da alma. O artífice joalheiro também é um artista, cria suas jóias com carinho e amor de uma poesia, suas jóias são lapidadas e buriladas com afeição e delicadeza para decorar colos, dedos e pulsos de pessoas que se tornam donos de suas obras. Já o poeta é mais feliz porque suas obras feitas com a mesma afeição e carinho, não terão outros donos, trazem sempre o cunho vitalício de seu autor e intransferíveis e eternas, embora toquem em todos os corações e emocionam todos nós. Portanto o dia nacional da poesia é nada mais, nada menos do que o reconhecimento aos homens e mulheres que têm o dom privilegiado do saber divino do lirismo; e mais a coragem e determinação de expor seus sentimentos mais profundos a divulgação pública, falando mais forte a sua personalidade de artista revelando seu lirismo, onde a luz de sua inspiração brilha muito mais de que um dia ensolarado de verão.

Poderemos definir a poesia assim:

Poesia um sonho, num mundo de pesadelos

É um raio de luar, prateando a madrugada da vida

É a paz que traz armistício, as almas em conflito

É o calor que aquece os corações nas noites frias de inverno

É a canção de amor que embala e aconchega os enamorados

É um suave e doce beijo dado na mulher amada

É alcançar o céu, sem nunca conhecer o inferno

É sentir nas pequenas coisas da natureza que a vida tem sua real beleza.

Poesia enfim é tudo,

É sonho, é perfume de flor...

É tristeza, é alegria, é dor

É paz, é ternura, é amor...

Salve o Dia Nacional da Poesia! Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao Sr. Rossyr Berny, que falará em nome das entidades do Movimento Poético do RS.

 

O SR. ROSSYR BERNY: Sr. Vereador, Presidente em exercício, Artur Zanella; Vereador Ennio Terra, que teve a grandeza de homenagear a poesia, nesta Casa, nesta Sessão, homenageando as entidades presentes, a Maria Pampin da Estância da Poesia Crioula; Delcy Canalis, da Unido Brasileira de Trovadores; Alceu Bicca, da Soc. Cultura Latina do RS; Lia Correia, Nelson Fachinelli, Adão Lopes, Perpétua Flores que, da Argentina, essa brasileira leva a nossa cultura e aproveita para distribuir, no Dia Nacional da Poesia, a sua nova obra, “Noite e Dia”, demais poetisas, poetas, atores presentes, como a Carmen Silva, famosa na TV, o ator Davi Camargo, pessoas ligadas à literatura, às artes de maneira geral. O Emerson, pensador Americano, dizia que “o homem é apenas meio homem, pois a outra metade é a sua expressão”. O que ele quis dizer com isso? Que nós nascemos incompletos, e que só nos completamos, e buscamos a proximidade divina da perfeição, quando buscamos a nossa expressão de gente, a nossa expressão de ser humano, a nossa expressão de artista, a nossa perfeição de poetas.

A poesia, hoje, comemorando nesta data algo tão importante como, sei lá, tanta gente preocupada com tanta coisa enquanto nós conversamos, neste momento, temos conhecimento que há grupos de seres humanos, grupos de pessoas preocupadas em derrotar o outro. Preocupados, estes grupos em serem mais fortes do que os outros; preocupados em fazer do semelhante a escada para alcançar os píncaros do seu sucesso e da sua glória e nós aqui falando sobre a poesia neste vinte de outubro homenageando a poesia. Melhor do que nada e mais importante do que tudo, as palavras daquele que tem sido o grande organizador da nossa literatura no Rio Grande do Sul, no Brasil, na América, porque as suas idéias criaram raízes, expandiram-se. No Uruguai nós temos a Casa do Poeta Latino-Americano dirigida pelo Professor, crítico e poeta Rubinstein Moreira. Na Argentina a Perpétua Flores da Casa do Poeta Latino-americano, em Buenos Aires.

O homem cumprindo aí o seu papel, o seu destino de buscar a sua outra metade, de completar-se. O Presidente da Casa do Poeta do Grêmio Literário Castro Alves, Nelson Fachinelli, traz esta mensagem para todos nós: “Desde os primórdios do mundo a poesia se faz presente, de modo profundo no coração da humanidade, pois Deus, o poeta dos poetas, colocou na natureza, de beleza e de constituição multiformes, toda a sua divina grandiosidade. A poesia, portanto, faz parte da gênese do universo e sua evolução. Nos momentos épicos, heróicos, românticos ou de martírios do homem ela sempre esteve presente numa imagem, num gesto ou numa frase e, principalmente, no verso, na estrofe ou mesmo numa oração. O mundo sempre foi carente de poesia de amor. De exaltação à Pátria. De protesto aos tiranos e desumanos. Sem ela, o universo é árido, sem beleza, raso de sentimentos. A poesia é vida, liberdade, está no sorriso das crianças, na sabedoria dos velhos, na coragem dos jovens. Está em toda a humanidade, nos momentos de exaltação e de lamento.

Apesar dos pesares, mais do que nunca é preciso cantar. Por isto, irmãos poetas de todo mundo, de todas as formas de estruturas, de estéticas, conclamamos cantar e contar tudo para todos, como ensina o Mestre Torrielli Guimarães, sem exceções, para esta e gerações futuras. Sempre foi e sempre será importante o canto dos poetas. E toda poesia escrita, em cada obra poética publicada, no cantar dos nossos poetas, trovadores e artistas, temos a poesia renascida, amada cada vez mais. Isto nos ajuda a reafirmar: a poesia não está morrendo nem morrerá jamais, embora o progresso desigual, apesar do materialismo reinante, a poesia é a essência da própria vida, da alma imortal do homem e, sendo eterna, atravessará os séculos lutando pelo bem, pelo amor, pela paz. O diálogo de criador e criatura, o dom eterno da poesia se faz presente aos homens de todas gerações e Deus sabe o que faz.”

Com esta beleza de oração de Nelson Fachinelli encerro e prometo ser breve porque cada um de nós tem suas obrigações e há uma coisa muito importante a ser dita agora e peço que esta denúncia fique registrada nos Anais desta Casa porque o momento me ocorreu agora, e assim o que direi agora estará garantido para sempre. Digo isto tentando mostrar a gravidade do que vou falar porque este é o Dia da Poesia e neste Dia da Poesia estão tentando espezinhar o poeta, a maioria de nós, escritores, poetas. Eis a denúncia: a Câmara Riograndense do Livro, organizadora de todas Feiras do Livro de Porto Alegre, em sua 34a. edição, está publicando o catálogo oficial dos escritores autografantes na Feira e o que faz? Negou-se a publicar em seu catálogo oficial, que á de uma tiragem de 50-70 mil exemplares, negou a publicar neste documento importante os Autores independentes. Senhores, que são os autores independentes? Os autores que lançam mão do seu bolso, que sacrificam por vezes o dinheiro para sua família, para seu estudo, para suas necessidades, para num esforço tremendo publicar o seu livro, dar vida a um livro. Trago para vocês a denúncia deste desrespeito com a poesia, de maneira especial, porque a maioria somos poetas, e de maneira geral com a literatura, e vejam esta denúncia parte da gente e, sobretudo da nossa Associação que é a Associação Rio-Grandense de Autores Independentes. Nós temos uma sede na Casa de Cultura Mário Quintana. Nós temos uma diretoria eleita; nós existimos judicialmente e juridicamente, registrados no Cartório de Registro Especial. Então, comunico aos senhores e aqui há muitos poetas que a nossa Associação editou e que tem o sonho de ver-se autografando nesta Feira do Livro como em todas as outras, como á costume dos autores independentes participarem das Sessões de Autógrafos da Feira do Livro. Não se assustem, Olga Silveira, por exemplo, que editou com a nossa Associação e todas as demais pessoas, porque 35 livros nós levamos para escolhermos a data e autografarmos; e eu não falo em meu nome. Estou para publicar o meu 12.° livro e preferi deixar para o ano que vem. Então, eu não tenho livro para autografar este ano. Estou falando então em nome da entidade, da Associação, não em defesa minha para eu aparecer na imprensa: não é isto. Estou falando como presidente e fundador desta Associação e o Adão Lopes sabe muito bem da dificuldade porque é o nosso secretário geral, da luta de se conseguir alguma coisa, uma sede, um registro, a publicação da nossa ata de fundação, do nosso estatuto no Diário Oficial. A dificuldade que é isto tudo para depois uma diretoria que não conta, nem nos convidou para participar e decidir que autor independente não vale nada, que obra de autor independente é coisinha que eles só registram assim neste convite oficial, no último dia da Feira, na data mais desprestigiada porque o pessoal já estaria cansado de livros, a divulgação, a força que eles dão é esta: dia 13, último dia da Feira. Observação, abre aspas – “das 15 às 20 horas, autógrafos de autores independentes” - fecha aspas; ponto final. Já tentaram outras vezes, mas nós, passivos, porque não somos bélicos, aceitamos muita coisa. Agora, esgotou a paciência. A Associação contratou dois Advogados - Dr. Ubiratan Porto e Dr. Raimar Machado - e amanhã, pela manhã, vamos entrar na Justiça com uma medida cautelar para serem embargados todos os convites, todos os autógrafos da Feira. Esse procedimento estará, então, “sub judice”. Isto quer dizer que enquanto houver essa discussão - que leva um, dois ou três meses - não vai haver autógrafo na Feira, não vai haver ninguém das grandes editoras passando por cima dos autores independentes. Nós vamos fazer um grande protesto, uma grande divulgação, e o tiro, sem dúvida, sairá pela culatra, porque desta maneira toda a imprensa, toda a população, ficará a favor dos marginalizados, dos discriminados. Como discriminaram o negro por séculos, uma coisa abominável, dura, desnecessária, desumana, agora marginalizam, discriminam a literatura do autor independente. Estejam tranqüilos, então: se os autores independentes não autografarem junto com os outros autores, não haverá autógrafos nessa 34.ª Feira do Livro. Esta é a denúncia e estejam tranqüilos que esta judiaria será corrigida, porque esses 35 autores independentes terão seus nomes divulgados muito mais ainda, porque nós faremos 50 mil convites colocando nosso protesto, nosso repúdio, nossa angústia e, quase fúria, igualmente fazendo a nossa Feira paralela na barraca que nós conseguimos na Feira do Livro. Nossa barraca está garantida e lá, em protesto a isso, vamos nós autografar os nossos livros. Estejam tranqüilos que os livros dos 35 autores independentes serão respeitados à força de Lei. Porque já no ano passado a Direção da Câmara do Livro tentou não colocar na Feira a barraca de um livreiro, o Sr. Vendramin. Ele entrou na Justiça e, por força de lei, colocaram esse senhor com a sua banca, com a sua editora e, por força de lei, nós todos estaremos mais valorizados ainda graças a Lei e na Casa da Lei estamos falando, na Casa da Legislação, do Direito, onde se busca tornar todos iguais perante a Lei e perante Deus. Aqui, neste local, se faz a denuncia: amanhã de manhã se faz a Justiça para esta denúncia, para correção desta falha, desta injustiça, que, sem dúvida alguma, não vai valer contra nós, vai valer, sim, aos discriminadores. Chega de discriminação, chega de marginalização, tudo que queremos é ser iguais aos outros. Tudo que queremos é termos os mesmos espaços.

Desculpem se me alonguei, mas era importante esta denúncia, aqui e agora. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Meus senhores e minhas senhoras, quase ao final desta tarde eu refletia nesta vida em que vivemos todos e apesar do que muitos dizem também os políticos vivem, porque nós representamos, efetivamente, a comunidade porto-alegrense. Nós somos um microcosmo de tudo aquilo que ocorre em uma cidade, que é um organismo vivo. Os Vereadores convivem com inflação, com crise, com greves, com eleições, mas às vezes temos o prazer de conviver com a literatura, com a poesia, apesar de que agora nem mesmo a literatura e a poesia estão imunes a atos como este denunciado da tribuna do povo de Porto Alegre.

Eu queria também nessas divagações, Perpétua Flores, que recebo neste momento seu livro, porque ao ver aqui a sua biografia, eu vejo que ela é natural de Santo Ângelo, Rio Grande do Sul, Brasil. E que está radicada atualmente na Argentina. E lembrei-me de minha mãe que é Argentina, nascida em São José Pindapoi, lá nas Missiones, e que viveu grande parte da sua vida em Santo Ângelo. E me lembrava, lendo este livro da sabedoria que a gente aprende, quando jovem, não tão jovem quanto o Davi que é meu conterrâneo e contemporâneo, apesar de mais moço. Mas, eu via a sabedoria. E agora começo a entender a sabedoria dos Irmãos Maristas, dos padres, como chamávamos em nossa infância, provavelmente os padres jesuítas, também. E me lembro que quando éramos, de uma forma ou outra, castigados, em um Colégio Marista, que todo o fronteiriço, como eu, na Cidade de Itaqui, freqüentou ou tentou freqüentar e me lembro, lendo as poesias de Perpétua Flores, praticamente, toda ela dedicada ao problema do negro, e me lembrava que aprendia poesia no castigo. Os Irmãos Maristas costumavam, em vez de castigar um aluno, que fazia algo errado, mandavam copiar poesia ou decorar poesia. Assim aprendi “Os Luzíadas”, aprendi “Navio Negreiro”. E me lembro: “Deus, ó Deus, onde estás que não respondes, que mundo, em que estrela tu te escondes, embuçada no céu”... e me lembro e vejo a sabedoria que aqueles maristas tinham, porque para aqueles jovens que mais queriam esportes, eles obrigavam a aprender ou gostar de poesia, apesar de que naquele momento nós não gostávamos, mas agora estamos gostando.

Queria dizer acerca desta denúncia trazida pelo Rossir, que temos somente dois Vereadores, nesta Casa, neste momento, porque efetivamente, estamos envolvidos neste período eleitoral, estamos envolvidos em greves na Prefeitura. O Presidente titular Ver. Brochado da Rocha não está presente, pois junto com os demais Vereadores é o mediador em todos esses conflitos, mas creio Vereador Ennio Terra que, amanhã, a primeira providência nossa, minha e de V. Exa., seja abandonar um pouco o nosso trabalho, aqui, para ver de que forma a Casa do Povo de Porto Alegre pode resolver este conflito, faço isso em nome de alguém que desde criança participa da Feira do Livro, um futuro, um futuro associado da sua Associação de autores independentes, porque o ano que vem eu vou escrever o meu livro, já tenho o título: é a história da vinda do meu avô, da Itália, até os dias em que meu pai faleceu, o que me falta é tempo e competência para escrevê-lo, mas devo chegar lá.

E, queria, então, agradecer aos senhores e senhoras que num mundo tão árido, tão frio como este nos trazem tanta beleza, tanta reflexão e tanta profundidade, quando a gente consegue ler uma prosa bem escrita e uma poesia bem feita.

Eu agradeceria a presença de todos, às senhoras em nome da minha grande amiga, Carmem Silva, há tanto tempo que não a via, aos senhores que aqui estão, ao Davi sempre um batalhador, desde os tempos da casa do estudante; do Senhor Rossyr Berny, ao Dr. Nelson Fachinelli, Dona Lia Correia, Adão Lopes e a Senhora Perpétua Flores, Presidente da Casa do Poeta Latino-Americano de Buenos Aires.

Levem, por favor, em suas lembranças, esta Sessão, senão está tão concorrida como gostaríamos que estivesse, é em função de todo esse momento que estamos vivendo, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e no Brasil.

Mas, creio senhoras e senhores, que enquanto houver uma Câmara de Vereadores que se lembra de homenagear a poesia, este mundo, ainda, tem salvação. Muito obrigado.

 

 (Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Nada mais havendo a tratar, declaro encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Levanta-se a Sessão às 18h18min.)

                                

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